Tuesday, July 28, 2009

porque há fados lindos, mas este abusa....

Meus lindos olhos, qual pequeno deus
Pois são divinos, de tão belos os teus.
Quem, tos pintou com tal feição
Jamais neles sonhou criar tanta imensidão.

De oiro celeste,
Filhos de uma chama agreste
Astros que alto o céu revestem
E onde a tua história é escrita.

Meus lindos olhos, de lua cheia
Um esquecido do outro, a brilhar p´rá rua inteira.
Quem não conhece o teu triste fado
Não desvenda em teu riso um chorar tão magoado.

Perdões perdidos
Num murmúrio desolado
Quando o réu morava ao lado
Mais cruel não pode ser.

Este fado que aqui canto
Inspirou-se só em ti
Tu que nasces e renasces
Sempre que algo morre em ti
Quem me dera poder cantar
Horas, dias, tão sem fim
Quando pedes só pra mim
Por favor só mais um fado.

Tuesday, July 21, 2009

Com Uma Viagem Na Palma da Mão

Agarras-te à hora
Em que o tempo não passou
Mergulhas nas cores
Que a loucura te emprestou
E quando te vês para lá do espelho
Encontras a solidão

Descobres o Mundo
De quem tem pouco a perder
E sobes às estrelas
Que ontem não podias ver
E perdes o medo de estar só
No meio do multidão

Tradições
Atrás de contradições
Fizeram-te abrir os olhos
Podes dizer:
Eu... sou

Wednesday, July 01, 2009

no outro dia...

ou melhor na outra noite, tive um sonho...recorrente, que embora com ligeiras variações foi o mesmo sempre que voltava a adormecer... e ando há 15 dias a dizer que tenho que o contar, mas a minha vida tem sido uma correria tão grande e um turbilhão de emoções tão intenso e de espectro tão vasto que ainda não tinha conseguido assentar ideias sobre o mesmo... se bem que é dificil mas pronto...
então o sonho começava a modos que na idade média, nas invasões francesas... algures... estávamos a ser invadidos e o soldado alterta... do alto dos seis 110 cm de altura e 6 anos de idade sobre à torre de vigia e começa a tocar o sino à banda desenhada, em que ele subia e descia agarrado à enorme corda, parecendo o corcunda de Notre Dame, mas sem corcunda, apenas desdentado, despenteado e sardento... e claro, ruivo...mas n estávamos na Notre Dama muito menos em Paris (aiiii saudade), estávamos sim em Évora, ou assim me dizia a minha mente enquanto eu fugia pelas únicas ruas vazias de uma Évora de colinas e escadarias, a fazer lembrar Coimbra e onde toda a gente que encontrava era de Viseu.... nesta altura o meu próprio subconsciente percebeu o ridiculo da situação e acordou.... qd voltei a adormecer voltei ao sonho.... e o grau de ridiculo aumentou... de repente pelas ruas de évora fazia-se uma procissão.. onde à frente iam as meninas da alta sociedade, qual baile de debutantes, nos seus melhores vestidos de gala e com tabuleiros de tomar à cabeça iam entregar-se aos invasores por forma a assim lhe ensinarem as regras de conduta social desta cidade seja ela qual for (nesta altura comecei a correr por ruas desertas, sempre a subir e eu a cair com o objectivo de chegar a casa))) onde cheguei para descobrir que morava no 7 andar de um prédio lá em cima... numa rua na qual se desenrrolava uma outra procissão - neste caso um passa calles à boa maneira de nuestros hermanos... e que a minha familia, que eu juro nunca tinha visto na minha vida, estava à janela a mostrar panos brancos - tal como nas procissões de Viana do Castelo.... e a ver o passa calles onde passavam na altura as tunas da cidade a cantar musicas de despedida, mas eu juro que vio, no meio dos trajes de Viseu, muita gente de Lisboa, da Guarda e de Coimbra... todos a tocar como numa procissão religiosa... nisto, começamos a ser atacados por bombas...
sim, bombas que criavam neste cidade inventada o efeito de um tremor de terra.... e que eu, como boa engenheria que sou moro claro num prédio cjua estrutura tem poder de encaixa para absorver os choques causados... o que ninguém esperava é que o prédio começasse a abanar como pendulo de focoult (que n se deve escrever assim mas nesta altura n interessa) e nós agarrados à varanda iamos abanando ao ritmo dos ataques... nesta altura começa a tocar o som do alerta aéreo e começa tudo a fugir para as estações de metro - que como se sabe existem em Évora, Coimbra ou em Viseu... graças a Deus... era o despertador...
ahhh e já agora estávamos a ser atacados, não por espanhóis, não por franceses.. mas sim... por iranianos....
por isso a próxima vez que fizer um teste seja de que site for para descobrir o meu grau de insanidade e ele der 14% como a semana passado posso afirmar com toda a certeza que.... o teste está mal feito.....

perdi-me...

é oficial, esta mania que eu tenho de ah eu tenho bom sentido de orientaçao, não preciso de imprimir o mapa e afinal qual é a dificuldade de encontrar uma plataforma logística ao lado de uma estação de comboio e no meio do nada??
ah pois, que antes de mais enganei-me na saida da A1 - afinal o Carregado é depois de Vila Franca de Xira e a saída não é mesma (parva que acreditaste em que tem disse que era única - aprendes a não confiar em homens, nem que seja para orientações de percursos), depois ninguém me avisou que a estrada que o mapa que eu achava que tinha retido na cabeça não era isolada mas sim urbana... ou seja dei por mim no meio do Carregado a desejar parar para beber um café e comprar tabaco... mas não estava atrasada, lá continuei em busca da plataforma.... que so por acaso, não existe.. o que existe é um belo terreno, em processo de terraplanagem (para os leigos é o nivelar o terreno para construção)... qd finalmente descobri a estação ao lado da qual fica a plataforma pois que estou do lado errado da Linha do Norte... toca de descobrir a passagem para o outro lado... lá ao fundo vê-se um viaduto com todo o ar de passar para o outro lado... sendo assim, força no acelerador e vamos a isso..... pelo caminho mais camiões TIR do que os que vi na minha vida, numa estrada onde dois carros iguais ao meu têm dificuldade em se cruzar, confesso que por vezes achei que ia parar à vala.. a qual diga-se de passagem, não tinha muito bom aspecto - cheia de água e de bactérias de certeza.....
voltando à vaca fria...... nada de entrada para o viaduto, nada de ver a bendita plataforma.... logo faço o que queler mulher inteligente e sem GPS faria - liguei.... :-), lá me explicam que já passei a entrada e que assim que sair do viaduto viro à direito e logo ai encontro uns contentores cinzentos os quais, percebi depois eram o meu destino.......
ou seja o dificil não foi encontrar os contentores, afinal estavam mesmo ao lado da estrada... o dificil aqui foi encontrar a estrada... e com isto aprendi uma coisa fantástica...... afinal preciso mesmo de mapas e de instruções para encontrar caminhos... nem que seja para plataformas logísticas no meio do nada......